quarta-feira, 5 de dezembro de 2007



"Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não encontra encanto em si mesmo.
Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos caminhos,
quem não muda de rotina,
não se arrisca a vestir uma cor nova
ou não conversa com quem desconhece.
Morre lentamente
quem evita a paixão
e o seu remoinho de emoções;
aquelas que recuperam o brilho dos olhos
e os corações descaídos.
Morre lentamente
quem não muda de vida quando está insatisfeito
com o seu trabalho, ou o seu amor,
quem não arrisca o seguro pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não permite pelo menos uma vez na vida
ouvir os concelhos sensatos...
VIVE HOJE! ARRISCA HOJE!
FAZ HOJE!
NÃO TE DEIXES MORRER LENTAMENTE!
NÃO TE ESQUEÇAS DE SER FELIZ!"

48 comentários:

Anónimo disse...

I. O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse uma,
que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até o fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgiu, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir Portugal!

in Mar português, Fernando Pessoa (a quem amo e venero!)

Beijos!
Escrevi esse poema em homengem ao povo português, os grandes desbravadores do passado. Comparo esse povo aos americanos quando conquistaram os céus no séc. XX...feitos iguais! Lindo Portugal! Lindo povo Português!

Espaços abertos.. disse...

E porque parar é morrer lentamente,nada como arregaçarcas mangas e viver cada dia como se fosse o último sempre com esperança e fé.
Bjs Zita

BF disse...

Hoje precisava mesmo ler algo assim.... Obrigada pelo conselho que li nas tuas palavras.

Beijinhos
BF

Secreta disse...

Morre lentamente quem se deixa parar , no tempo.
Beijito.

Tiago R Cardoso disse...

Pois eu hoje arrisco, já não tenho medo, avanço e luto para ser feliz.

Eu vi que se não for assim a nossa vida é desperdiçada em coisas que no fundo não vão significam nada.

darkman disse...

:-)

SS disse...

Temos que tentar a felicidade, nao é???

despertando disse...

Viver sempre como se fosse o ultimo dia da nossa vida.
Beijinho para ti

Unknown disse...

.

Ser feliz... Nunca se pode esquecer mesmo. Obrigado por lembrar por tão belas palavras.

Abraço!

.

Meg disse...

Então estou vivíssima, minha amiga, se calhar até demais, mas tanto melhor.
É bem verdade que parar, não só fisicamente como intelectialmente, é morrer. Porque o espírito às vezes morre antes do corpo.

Bom fim de semana
Um abraço

amor,liberdade e solidão disse...

muito bonito!!
um bom fim de semana

Ni disse...

Lentamente o sentimento de "renascer"... outra vez... mais uma vez.

Gi disse...

Pablo Neruda, um dos meus preferidos também. Lindíssimo o poema.

Beijinhos para ti, bom fim de semana

Rui Caetano disse...

Ora, Pablo de Neruda um senhor da poesia mundial. Um poema sentido e repleto de sugestões sobre a vida.
Um bom fim de semana.

Maria Clarinda disse...

Linda a foto e a mensagem. Jinhos

DairHilail disse...

"...morre lentamente..." quem não ama e se maravilha com a VIDA...

bj

Dakini disse...

Lindo adorei não haja duvida nenhuma!!!! *****

Alice Matos disse...

O teu post é um sinal de alerta... tão importante quanto o despiste da doença mais mortífera... sei do que trata e conheço na primeira pessoa o risco do mal que referes... Lindo... pertinente...

Um beijo para ti...

Sol da meia noite disse...

Sim, existem muitas formas de não viver...

Beijinho

LuzdeLua disse...

Bom mesmo é viver cada minuto, intensamente...
Obrigada pela visita.
Beijos com carinho.
Bjs

quintarantino disse...

Persistentemente avançamos!

Filoxera disse...

"Não te deixes morrer lentamente" é uma frase que algumas pessoas deviam afixar, tipo póster, em local bem visível diariamente.
Aproveito para te dizer q respondi aos comentários deixados no meu último post.
Um beijo e até breve.

mulherazul disse...

sabes eu era um pouco assim, tornando-me antipatica, mesmo um bichinho.mas a vida quiz que eu sai.se da barra da minha mãe. Outra chavala nasceu, pouca coisa me escandaliza, estou sempre aberta a outras COOSAS..Uma boa semana e eu adoro escandalizar, no bom sentido.

Secreta disse...

Boa semana :)

LuzdeLua disse...

Passando para te deixar um beijo e bons desejos para a semana.
Bjs

Menina do Rio disse...

Esse texto é tão bonito e intenso que eu o leria por horas! A vida vale sempre o risco de mudar!

um beijo de boa semana

morenocris disse...

Huuummmm....conheço este ponto turístico...lindo!

Viva a Vida!

Beijos.

Carpe Diem!

Tozé Franco disse...

É sempre hora de mudança ou de mudarmos. Parar é morrer.
Um abraço e tudo de bom.

Anónimo disse...

Estou a ver que em determinados aspectos, estou a Morrer Lentamente.
Por isso estou a ver que tenho que fazer mudanças na minha vida!
Obrigado!
É lindo!
Bjinhos.Pedro

Leonor C.. disse...

Gosto imenso desta poesia. Os conselhos são bons, resta segui-los!


HOJE E AMANHÃ

Mocho Falante disse...

As mudanças fazem parte da vida e são essenciais

beijocas

quintarantino disse...

Obrigado. Pela visita e pelo comentário.

Kalinka disse...

Olá
Todos os dias do ano (não só no Natal...)deviamos pensar nas nossas «deficiências»:

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

Beijos cheios de calor num dia gélido.

Secreta disse...

Venho desejar boas festas , com tudo de bom!
Beijito.

Carol disse...

Durante algum tempo morri um bocadinho todos os dias... Perdi pessoas que eram importantes e deixei de arriscar. O azul, o cinza e o preto dominavam o meu guarda-roupa; a paixão estava proibida de entrar na minha vida...
Um dia disseram-me que podia morrer em breve... O mundo desabou na minha cabeça. Percebi que era nova, muito nova e que não tinha vivido nada!
Afinal, a doença não era tão grave e foi-me dada uma segunda oportunidade.
Hoje, as cores fortes vivem no meu roupeiro, a paixão é vivida e saboreada todos os dias, o risco fez-me lançar uma empresa sozinha e sem apoios.
Se hoje morrer, posso dizer que vivi!

tchi disse...

No NATAL não peço, mas dou quanto posso.

Terno e muito Feliz Natal para ti, seguido por um abençoado e pacífico 2008.

Beijinho.

None disse...

Adorei este texto!!!
Obrigada!
Bjinhos

celtaj disse...

No mueras antes de que la muerte te encuentre...

Un abrazo.

caminante disse...

Aunque con matices, estoy de acuerdo con tus palabras.
"Carpe diem". Cierto y note olvides de ser feliz.
Un feliz y santa Navidad.
Un fortísimo abrazo.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Sim, morre lentamente quem não viaja, quem não transpõe os muros dos seus próprios limites. Morre lentamente quem não ama a poesia, quem não percebe que cada pedra poderá ser mais do que uma pedra se for amada por gente. Morre lentamente quem se esquece de amar na loucura de procurar, procurar e procurar. Morre lentamente quem se esquece de ser e de amar.

Tenho andado ausente por motivo de saúde de familiares e amigos próximos. Porém agora que "regressei", tenho no Silêncio Culpado um texto em que me identifico (nome e rosto) fazendo cair o tabu do Silêncio.

Gi disse...

Bom fim de semana
Não resisti a ler outravez o poema.

Beijos

BF disse...

Beijinhos para ti e bom fim de semana

BF

Jasmim disse...

Adorei teu post. Recuso-me a morrer lentamente...
bjs e bom domingo

Maria Clarinda disse...

Passei para te deixar um beijo de Boa semana!

Alice Matos disse...

Se passares pelo meu canto, colhe a flor que lá deixei e guarda-a onde melhor te aprouver...

Um beijo...

Tó-Zé disse...

Parar é morrer.

Gostei muito

Beijinho

Menina do Rio disse...

Amigos.com

Fala-se muito em virtual ultimamente
Mas o que é essa tal virtualidade
Será que é o não ver pessoalmente
Não será o virtual, realidade?

Há ternura, encanto e alegria
Nos versos que nos chegam pelo ecrã
Tantos alegram meus dias
Enchem de luz minhas manhãs

Uns acalentam minha alma
Dizendo: não fique triste
São palavras que me acalmam
Quando meus dias são tristes

Amigos.com são tão reais
Eu os sinto, como a vida a pulsar
São flôres, companheiros leais
que enfeitam esse meu caminhar

Ps: Tudo de bom que vc me fizer, faz minha vida ficar mais bela
Pra ti, um carinho sincero e meus votos de BOAS FESTAS!

Beijo na alma

Anónimo disse...

De súbito sabemos que é já tarde.

Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.

De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.

Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?

Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.

O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.

E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.

Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.

E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.

Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.

Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir... Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.

E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.